quarta-feira, 21 de julho de 2004

Obesidade mórbida...

Noutro dia vi um programa de televisão sobre uma mulher, quer dizer, um homem que deu de comer à mulher até ela pesar cerca de 400 Kg. Ou seja, tanto como uma vaca! Lembro-me de ver o marido: um tipo aí com o seu metro e meio de altura e 55 Kg de peso, óculos "fotogrey", camisa branca com listas finas verticais azuis, maço de Marlboro no bolso da camisa,  empoleirado em cima de uma dos vários refegos de gordura necrosada que constituem aquele monstro almiscarado, munido de uma esponja e um balde e, com o braço enterrado debaixo de um dos sovacos, enquanto procedia ao banho semanal do tal animal mamífero. Nisto, como podem imaginar, surge-me todo um mundo novo de ideias à cabeça. 
Primeiro, o que é que tem que se comer para atingir aquele peso?! Qual é a ração que o marido "le bota na gamela"? Sim, porque a vaca não come num prato como nós, come mesmo na gamela. Ah, e mais! Imagino que o marido tenha como patrocinador o dentista lá da terra, porque para moer o que a mula mói por dia é preciso mudar os calços (dentes) todos os meses, e isso custa dinheiro. Quem fala de comer, fala de cagar...A puta tem que cagar na banheira! Ah! E toda a mecânica de cagar? Como é óbvio o olho do cú deste animal não vê a luz do dia desde o tempo em que a Beatriz Costa era viva. Portanto, a passagem do cagalhão para a latrina não é imediata. O troço tem que percorrer as entranhas dos entrefolhos de gordura, em viagens que chegam a demorar mais de duas horas. E mais, nunca se sabe por onde vai sair. Há dias em que pode sair do sovaco, e outros em que o tarolo pode saltar por detrás de uma das orelhas deste mastodonte, ou mesmo de uma das rugas da testa! Portanto, o acto de cagar exige um exercício de sincronização e um timing que poucos conseguem atingir. O mesmo se passa com os peidos desta besta. Ela benificia de um "delay peidal" de cerca de 10 minutos, a que poucos têm acesso e que bem jeito nos dava em algumas situações. Algumas destas farpas emanam em breves vibratos das pálpebras sapudas deste verdadeiro Jabba the Hut. Outras deslizam pelos refegos das pernas até sairem estrondosamente por entre os dedos dos pés. Como se pode imaginar o cheiro é nauseabundo. Qual gás lacrimogénio, qual gás mostarda! Só o marido, é que depois de uma operação às vias respiratórias, consegue manter-se mais do que dois minutos exposto a este gás. O suficiente para sair de casa enquanto o gás se dissolve na atmosfera...Enfim! 
Sexo! Claro! Deve ser lindo! O anão de 50Kg a tentar encontrar a greta húmida do mamute! Tarefa difícil. Estou mesmo a vê-lo: saco de farinha numa mão e um secador de cabelo na outra. Enquanto vai dando umas lambidelas nos mamilos azuis da troglodita, e dizendo coisas excitantes do estilo: "Ui que vou-me enterrar nesse cú!", vai lançando farinha para a zona onde desconfia que se encontra a parreca, e com o secador tenta afastar a farinha. Onde esta ficar agarrada com a humidade, é lá! Depois segue-se a expedição às grutas de Miradaire. O homenzinho tem que se espremer por entre refegos de gordura necrosada até chegar à pachacha desta porca. Depois fica por ali durante uns breves minutos e tem que voltar para trás, nem que seja para respirar.
 
Comer é bom...mas foder é melhor! 


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